Depois de um verdadeiro escândalo envolvendo uma venda que o Atlético decidiu não pagar ao Cuiabá, o Banco Central estabeleceu o dia 3 de junho como prazo final para que Rubens Menin e Ricardo Guimarães, controladores daSAF e proprietários do Banco Inter e Banco BMG, respectivamente, apresentem defesa em resposta à denúncia. 172v5c
O clube mato-grossense alega inadimplência na negociação do atacante Deyverson, envolvendo uma dívida de R$ 5 milhões.
Mesmo com dinheiro em caixa para cumprir suas obrigações, o Atlético decidiu pagar outras dívidas e não cumpriu seu compromisso financeiro, deixando o clube vendedor esperando sua boa vontade.
A transação, realizada em 2024, previa o pagamento em cinco parcelas: duas de R$ 500 mil, uma de R$ 1,5 milhão e duas de R$ 1 milhão. Segundo o Cuiabá, apenas a primeira parcela foi quitada.
Sem receber no prazo, o Cuiabá decidiu que iria cobrar o que lhe era devido com os juros combinados no acordo em caso de descumprimento e ativou a cláusula que obrigava o Galo a pagar tudo que devia de uma vez só. O Atlético se negou a pagar e o caso virou confusão.
O clube fundamenta a denúncia na Resolução nº 4.970/2021 do Conselho Monetário Nacional, que exige que os controladores de instituições financeiras mantenham capacidade econômico-financeira compatível com as operações das instituições.
Em resposta, o Atlético classificou a denúncia como “imprópria” e acusou o Cuiabá de tentar cobrar valores indevidos.
O Banco Inter, ligado a Rubens Menin, pode solicitar a prorrogação do prazo para apresentar sua defesa. A expectativa é que a postura adotada pela instituição financeira até o vencimento do prazo influencie diretamente os próximos os da disputa entre os clubes.
O caso segue em análise na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF e poderá ter desdobramentos significativos tanto no âmbito esportivo quanto no sistema financeiro nacional.